quarta-feira, 18 de abril de 2012

Campaigns & Elections Brasil - Ed. nº 3

A C&E Brasil, a partir desta edição, irá dar ênfase àqueles principais serviços e produtos que campanhas políticas não podem ficar sem, se quiserem ser vitoriosas.

Para começar, vamos com aquele investimento que partido político nenhum vive sem, e que começa a se intensificar neste período pré-eleitoral: pesquisas de opinião. Graças às entrevistas concedidas por grandes nomes do ramo, a C&E Brasil desmitifica as pesquisas eleitorais: seus processos, metodologias, desafios e a sua entrega de resultados.

Também nesta edição, e agora pela segunda vez, contamos com a tremenda colaboração do artista Tarcísio Dantas na criação da capa, um profissional que esteve nos primórdios da comunicação política e sabe expressar, como poucos, os conceitos estratégicos em cores e formas. Desta vez, o entrevistamos junto com um amigo muito especial que (até então) ninguém sabia que também tinha um pé na comunicação política brasileira.

É assim, com a cooperação de amigos e pela confiança depositada em nós, que temos o prazer e a sorte de contar com a participação daqueles que normalmente preferem fugir dos holofotes.

Creio que estamos cumprindo com a nossa missão de levar a todos um conteúdo de qualidade, prático e atrativo, capaz de auxiliar os profissionais de comunicação política em suas campanhas ― além de trazer à luz, paulatinamente, aqueles que têm se destacado no mercado.

Seja um patrocinador da C&E Brasil, um projeto que enaltece a importância e o impacto que temos na evolução e manutenção do processo democrático do País. É do nosso interesse melhorar a imagem dos profissionais de marketing político frente à opinião pública.

E, por final, como o povo nos vê hoje? Vale uma pesquisa.

Veja nesta edição:

- Os bastidores das pesquisas eleitorais
- Os 80 Anos do voto feminino
- Entrevista: J. R. Duran e Tarcísio Dantas
- Primeiro passo: O Diagnóstico Estratégico, por Antonio Lavareda
- Branding Político, por Jorge Gerez
- Como elaborar um discurso à prova de erros, por Jennie Blackton
- A "Resposta do Consultor" com o advogado Armando Rezende
E na nossa seção Observatório, contamos com a participação especial do fotógrafo Orlando Brito.

Cordialmente,

Bruno Hoffmann - Publisher, C&E Brasil

segunda-feira, 12 de março de 2012

Campaigns & Elections Brasil - Ed. nº 2

SOBRE A EDIÇÃO:

- Capa: Você está preparado para 2012?
Matéria de capa abordando os principais desafios dos futuros candidatos e suas equipes, com um bônus muito especial: 25 pontos fudamentais para quem vai se candidatar, do nosso integrante do conselho Ron Faucheux.

 - O Pará e o plebiscito da (des)união
Os bastidores do plebiscito que quase dividiu o Pará e esteve longe de unir o Estado.

- Kennedy Alencar
Uma entrevista franca com um dos jornalistas políticos mais influentes do Brasil.

- Como está a imagem do seu partido político?
O gerenciamento de imagem das instituições deve ser constante e pede uma renovação já, por Ricardo Amado Castillo.

E mais:

- As prévias do PSDB para  prefeitura de São Paulo;
- A volta a campo dos craques da comunicação política respondendo 2 perguntas mais pessoais;
- Carta de Lisboa sobre a "democracia suspensa" na Europa, de José Paulo Fafe;
- A "Resposta do Consultor" com Moriael Paiva respondendo à dúvida de um leitor;
- Nossa seleção de tuítes do mês.

Abrindo a edição inauguramos uma nova seção, Observatório, com olhar privilegiado de Ricardo Stuckert, desde 2003 fotógrafo oficial do ex-presidente Lula.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Campaigns & Elections Brasil - Edição nº 1

É com muita honra que nesta edição trazemos nada mais nada menos que 11 entrevistas com profissionais que tem escrito a história das eleições brasileiras desde a redemocratização.

Chico Santa Rita, Duda Mendonça, Dudu Godoy, Einhart Jácome da Paz, João Santana, Luiz González, Nelson Biondi, Paulo de Tarso, Renato Pereira, Toni Cotrim e Woile Guimarães.

Veja também os artigos e ensaios:

- Microtargeting no Brasil, por Mauricio Moura

- A importância da agenda, por Fernando Lima

- Gimme 5, por Ricardo Kobashi

- Os 7 pecados capitais de um candidato, por Israel Navarro

e o Calendário Eleitoral de 2012.

Espero que gostem!

Muito obrigado.

Bruno Hoffmann

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obama 2012: arrecadações financeiras e a briga com os Republicanos

A campanha do Obama a presidência mal começou, mas já arrecadou 86 milhões de dólares. No mesmo período em 2007, os números estavam abaixo dos US$ 30 milhões.

Nos EUA, o TSE deles, o FEC (Federal Election Commission), obriga que todas as campanhas entreguem um relatório sobre suas finanças a cada 3 meses. Para o FEC, serve para manter a transparência e os candidatos alinhados. Já politicamente, esses relatórios, que dizem quanto cada candidato já arrecadou, como e quem doou, serve como demonstração de poder político: Maior arrecadação = maior apoio e mais chances de vencer as eleições = mais $.

*Provando a importância dos relatórios, veja ao final os emails que 4 dos principais candidatos enviaram na data limite para a contribuição valer neste relatório.

Esses valores são muito importantes para o campo dos candidatos Republicanos, que estão competindo entre si. O FEC publicará os resultados de todos os candidatos nesta Sexta-feira (15/07), mas a expectativa é que os seguintes valores sejam confirmados (em milhões):

Mitt Romney: US$ 18,25
Ron Paul: US$ 4,5
Tim Pawlenty: US$ 4,2
Jon Huntsman: US$ 4,1
Herman Cain: US$ 2,5
Newt Gingrich: US$ 2
Michele Bachmann: ainda não revelou. (uma das líderes de pesquisa)

Ou seja, Obama arrecadou muito mais do que todos os candidatos republicanos juntos.

Veja o vídeo da campanha do Obama que já adianta os números enviados ao FEC (um relatório de mais de 15 mil páginas):



Os grandes destaques são:

  • Arrecadados até o momento: US$ 86 milhões
  • Número de doadores: 552.462 (no mesmo período em 2007 eram "apenas" 170.000)
  • Número de doações: + de 680.000
  • Valor médio de doações: US$ 69,00 (98% das doações foram menores que US$250,00)
Uma última pesquisa no entanto, mostra que apenas 46,7% dos americanos aprovam seu trabalho (em Fev. de 2009 eram 65,5%). E em alguns estados importantes, Obama está perdendo na intenção de voto numa possível briga contra Romney.

Então se o Obama não está com essa bola toda, como eles vem conquistando todos esses números? Os Republicanos não tem feito nada? Respondo.

Comparações com a sua campanha em 2007, é fácil, ele ainda não tinha vencido a primária democrata e possuía um banco de dados infinitamente menor que os 13 milhões+ de emails de hoje. Ou seja, ele já começa a campanha com uma base muito maior e trabalhando forte com os apoiadores que doaram durante a eleição passada.

A campanha tem se aprimorado, o foco agora é doadores e não doações. O que isso quer dizer? Vários pequenos doadores é muito melhor que poucos grandes doadores. A campanha ganha muito mais com o envolvimento, voluntariado, ou mesmo o bate papo com a família, colegas de trabalho, etc. de um determinado apoiador, do que com os eventuais 10 dólares que ele tenha doado. É simples: quando um apoiador doa para uma campanha, ele toma essa campanha como sua, e briga por ela todo dia nos seu círculos de convivência. A conversão em voto é muito maior.

Preciso ainda destacar a importância de se construir e analisar/conhecer o seu banco de dados? Esse ativo tem feito total diferença no processo.

OK. Mas por que nem tudo são flores para o Obama?

Existe agora uma nova forma de atividade política que foi autorizada nos EUA, e tem sido utilizada com grande força por republicanos e seus apoiadores, que são organizações que fazem campanha política sem estarem ligadas a candidatos, e sem estarem sujeitas a fiscalização da FEC, ou seja, não se sabe os valores nem traz transparência sobre quem são os "investidores".

Ou seja, é comum ver ataques ao Obama durante o horário nobre da TV. E ao invés de um partido ou candidato assinar a campanha, é uma organização qualquer. Veja um exemplo abaixo assinado pela "Crossroads GPS" (uma campanha avaliada em US$20 milhões!):



Ou seja, para aqueles grupos que querem se manter anônimos, continuarão apoiando organizações que não exigem transparência, e ajudando os republicanos em geral.

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*Emails de arrecadação financeira (clique para melhor resolução):

Barack Obama:

Mitt Romney:

Tim Pawlenty:

Newt Gingrich:

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Escândalos políticos na Internet -- a um "click" de distância

Imagine um jovem congressista, representante do Estado de Nova York, mais precisamente do 9º distrito (a região do Queens próximo a ilha de Manhattan). Um nome bem conhecido em todo o estado, cotato inclusive para ser prefeito da cidade de Nova York. Um deputado conhecido pela a sua atuação ferrenha no congresso e por uma série de embates e discursos calorosos em defesa dos projetos de lei do partido Democrata. Veja o belo exemplo abaixo:



Além de tais vídeos, que sempre destacaram o deputado na esfera política dos EUA, ele também tem sempre reforçado a sua imagem com uma forte presença na Internet, seja com o seu site, e com suas contas no Facebook e Twitter.

O texto até aqui aplicaria muito bem até o dia 27 de Maio de 2011, quando a história do congressista Anthony Weiner, de um homem cheio de moral, pode ter acabado. Veja abaixo a foto que foi publicada no seu perfil do Twitter:


A foto foi deletada logo depois, tarde demais. Porém, imediatamente o congressista alegou que sua conta teria sido hackeada. Boa! Faz sentido! Um cara com a sua postura jamais postaria algo tão baixo em sã consciência correto?

A imprensa continuou a questioná-lo durante toda a semana, e ele continuou negando:



Se passaram 10 dias desde que a primeira foto foi revelada, e tudo parecia estar caminhando para uma "simples" questão de segurança da sua conta pessoal.

A reviravolta veio hoje, quando o blogueiro Andrew Breitbart do Big Government teve acesso a mais uma série de fotos que não só possui mais conteúdo sexual, como também deixa claro a identidade do deputado.


A casa caiu.

Em algumas horas, sem saída, o deputado veio a público e admitiu que de fato, foi ele sim que enviou a tal foto e que o "modelo da zorba" é ele mesmo.

A surpresa continuou quando ele admitiu que nos últimos três anos, tem trocado conteúdo inapropriado com seis mulheres que ele conheceu na Internet, via Facebook, Twitter, email e ocasionalmente por telefone. Ele afirmou porém, que nunca teve relações sexuais com nenhuma delas.

Ele se desculpou para sua esposa (sim, é casado), sua família, eleitores e todos aqueles que ele decepcionou. Veja o vídeo da sua confissão:



Por enquanto, o deputado não renunciou o cargo -- o que pode acontecer, como assim o fez o deputado Chris Lee (também do estado de Nova York), republicano, que em Fevereito deste ano renunciou o seu cargo assim que descobriram uma foto sua sem camisa.

Em resumo, o imbecil do deputado acabou com a sua carreira política em quatro horas, ele entrou no famoso site de classificados Craigslist clicou no link de "Mulher procura homem" e enviou a sua foto sem camisa (mostrando o rosto) para uma mulher que procurava um pouco de prazer...

Veja abaixo o vídeo sobre este outro escândalo:



Em resumo, sim as novas mídias são uma grande força para difundir o trabalho parlamentar e devem continuar sendo vista como facilitadores, que aproximam os representantes dos representados.

O problema não é do meio! E sim dos egos e das loucuras de alguns homens no poder, para estes, que tem o que esconder, a casa pode cair com um "click".

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

HoffGroup - Estratégias Modernas



A HoffGroup foi fundada em julho de 2009 com o objetivo de atender uma necessidade de profissionalização do mercado de gerenciamento de campanhas eleitorais na Internet, assim como da comunicação institucional contínua de políticos, candidatos a cargos públicos, governantes e instituições políticas e de ativismo social que pretendem potencializar a sua presença nos meios digitais.

Somos uma empresa de gerenciamento político e de ativismo social que acredita na capacidade de mudança e no poder que novas tecnologias possuem de engajar e estabelecer uma nova estrutura de comunicação. É o nosso objetivo construir e fortalecer o desenvolvimento de boas ideias que venham de encontro com participação coletiva, colaboração, transparência e eficiência, seja de um representante eleito, de um candidato, uma empresa privada, uma ONG e sua causa, ou simplesmente um cidadão que busca impusionar suas ideias.

A HoffGroup acredita que a comunicação digital oferece poderosos instrumentos de diálogo com o cidadão e buscamos a sua plena conexão com as diversas áreas de interesse público. Trabalhamos comprometidos com a inovação e o fortalecimento da democracia. E temos como missão oferecer as melhores tecnologias e práticas de comunicação nos meios digitais, ajudando clientes a comunicarem de maneira perspicaz e a disseminarem melhor suas mensagens.

A HoffGroup conta com um grupo de parceiros, tanto na área de consultoria quanto de tecnologia, que representam o que há de melhor -- dada a amplitude das suas experiências na implementação de estratégias de comunicação online -- seja no Brasil e nos Estados Unidos.

Clique aqui para saber mais.

Eleições Digitais 2010 - Campanhas & Palestra

Ano de 2010 -- ano que vai entrar na história da política, dos candidatos e marqueteiros, que não existe mais campanha sem website e sem uma estratégia específica. Que planejamento e investimento em estrutura e pessoal é só o começo -- tudo em uma bela de uma comunicação integrada entre a parte offline e a online da campanha.

Tive a oportunidade de organizar um time que cuidou de 13 campanhas online (8 senadores e 5 govermadores) neste período eleitoral de 2010.

Um grande laboratório, podemos testar, re-tester, aplicar, ariscar... tudo nas mais diferentes regiões do Brasil e com os mais diferentes tipos de candidato e redes de apoio.

Várias estratégias tomadas e estilos de comunicação podem ser vistos nos vídeos abaixo, que não fala somente das campanhas que fizemos, mas também da campanha eleitoral digital como um todo.

Vale a pena!

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Campanha Online 2010

Nesta Terça-feira passada, fui convidado pela Abradi-RS para participar do Evento "A Internet como diferencial nas eleições de 2010", com a participação do Newton Braga Rosa, professor e vereador (PP - Porto Alegre) e Fernanda Aldabe, coordenadora da Bistrô -- responsável pelo novo site do PT.


A pedidos, segue a minha apresentação (um pouco limitada pelo SlideShare, mas com todo o conteúdo):

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Seminário -- O Efeito Obama


Seminário com a presença de 4 estrategistas de comunicação da campanha presidencial do Barack Obama, além de uma série de profissionais brasileiros. O evento será nos dias 15 e 16 de Outubro, em São Paulo.

Mais informações no site: http://www.oefeitoobama.com.br/

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Análise da Proposta de Reforma Eleitoral

Depois do fracasso da Reforma Política, o legislativo percebeu que a único avanço que poderiam fazer para as eleições de 2010 seria com relação a uma "Reforma Eleitoral". Ou seja, ou invés de reformar a estrutura política do país, resolveu-se reformar apenas detalhes da estrutura da campanha.

O projeto de lei nº 5498 de 2009 que trata da Reforma Eleitoral, traz pontos muito importantes, principalmente com relação à Internet, liberando a doação de pessoas físicas via website do candidato e a também a liberação da presença de candidatos em redes sociais.

A proposta foi aprovada hoje na Câmara e foi enviada ao Senado, onde ainda poderá receber modificações. Portanto, baseado no texto de HOJE, detalho abaixo os seus principais problemas e suas devidas soluções.

São 6 pontos principais:

1. Dá margem para que doadores façam doações para candidatos de forma não-transparente via partido;
2. Extingue item que dava o fim específico de educação política às sobras de campanha;
3. Trata da distinção de Blogs para Sites Noticiosos e esclarece a impraticabilidade de exigir direito de resposta à blogs, além de outros problemas de questão prática;
4. Veda desnecessariamente a livre expressão do eleitorado ao impedir que façam propaganda em seus blogs;
5. Proíbe desnecessariamente que Sites Noticiosos divulguem sites de candidatos, mesmo como fator exclusivamente informativo;
6. Não apresenta de forma correta a questão do uso e da construção de cadastro de emails durante a campanha.

Para uma análise mais detalhada, baixe a PL em questão aqui e veja a Lei nº 9.504/97.
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1. --- pág. 6 da PL: Art. 29 § 3º. que diz que débitos de campanha dos candidatos poderão ser pagos pelo partido.

Isso dá margem para que doações sejam feitas de forma não transparente para candidatos. Ou seja, como a doação para o partido é livre, uma construtura por exemplo poderia fazer uma doação direcionada no partido, cabendo ao mesmo cobrir as dívidas de campanhaa do(s) candidatos escolhidos pelo doador. As empresas continuarão doando via partido. E não haverá transparência de fato de quem pagou as contas dos candidatos.

Para Consulta sobre os Partidos Políticos: LEI Nº 9.096, DE 19 DE SETEMBRO DE 1995 Art. 39. Ressalvado o disposto no art. 31, o partido político pode receber doações de pessoas físicas e jurídicas para constituição de seus fundos. http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lei9096_1995.htm

2. --- pág. 7 da PL: Art. 31 que dá nova finalidade às sobras de campanha, agora os partidos políticos poderão dar o destino que desejarem.

Se perde uma item bastante interessante, já que o uso anterior da sobra deveria ser dado em prol de educação política. A proposta inicial era que tais sobras de campanha deveriam ter seu uso integral e exclusivo para a criação e manutenção de fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, da Lei nº 9.504/97, art. 31§ único.

3. --- pág 12 da PL: Art. 58 § 3º que acrescenta a Lei nº 9.504/97, o direito de resposta na Internet.

Este é um detalhe de extrema importância. Veja o texto da proposta com os comentários abaixo.

IV - em propaganda eleitoral na Internet
a) deferido o pedido (de direito de resposta), a divulgação da resposta dar-se-á no mesmo veículo, espaço, local, horário, página eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, em até 48 horas após a entrega da mídia física com a resposta do ofendido;

Existe uma série de falhas neste texto:

a) Um ponto que deve ser entendido é que um blog NÃO é como uma notícia de jornal digitalizada. O blog é a digitalização da opinião popular expressada todo os dias em conversas. Censurar blogs e exigir direito de resposta aos mesmos é abrir precedente para que direito de resposta seja dados também para a fala de pessoas. É como, por exemplo, querer que todos aqueles que um dia disseram que Lula é incapaz intelectualmete, que digam agora que ele é inteligente. Faz sentido? É praticável? Não.

b) E aqueles sites Internacionais? E se a TIME ou o New York Times publicarem uma reportagem ofensiva a um determinado candidato a presidência? A única arma que o candidato terá é rebater a reportagem no seu próprio site. E na verdade assim que deve ser feito com relação a todo o material divulgado na Internet. O candidato usa o seu espaço para invalidar notícias falsas.

c) Porém, de maneira realista, dado ao intedimento que se vê desta questão HOJE na CD, vejo como uma alternativa para as eleições de 2010 a possibilidade de exigir o direito de resposta as Instituições provedoras de informações formais, que excercem o papel de informar a população e que devem se manter isentas ao cumprirem este papel. Portais como G1, Uol, Folha Online, IG, e outros sites noticiosos devem estar sujeitos ao direito de resposta pois não tem o papel de oferecer opinião e sim fatos. Além do que, estes são fáceis de ser identificados e já tem a experiência de dar direitos de resposta no passado na mídia impressa.

Blog é opinião: Blogueiros profissionais com ampla visibilidade como Ricardo Noblat, Josias de Souza e cia., colocarão suas reputações em jogo ao noticiarem inverdades. A Internet é uma mídia horizontal. E ganhará mais espaço aquele que melhor se posicionar. Uma coisa é certa independente das notícias qe se espalharem, o leitor vai ler o blog do seu candidato também. O blog é o melhor amigo do candidato, é a solução para garantir a verdade.

d) Baseado em que foi estipulado o prazo de 48 horas? Uma vez que o direito de resposta é dado, e o texto do candidato fornecido, não se leva mais que 5 minutos para atualizar um site noticioso.

e) Com relação a forma de entrega do material do ofendido: Entrega da mídia física? -- O que isso quer dizer? O texto deverá ser entregue em CD? Impresso? Via correio? Via "oficial de justiça"? -- Não pode ser via Email? O registro de envio do correio eletrônico é a prova de que o material já foi enviado, por tanto, a partir deste momento, 24 horas são mais do que o suficiente para que as mudanças no site sejam realizadas.

4. --- pág. 17 da PL: Art. 57-C § 1º item II: que veda a veiculação de propaganda eleitoral na internet em "sítios com destinação profissional".

Este item não faz sentido. O que são sítios com destinação profissional? Este ponto existe somente para censurar blogs. E eles devem ser livres de censura. Os pontos I e III do mesmo parágrafo já cobrem muito bem onde a propaganda deve ser vetada.

5. --- pág. 18 da PL: Art. 57-D item V: que veta sites noticiosos de divulgar os sites dos candidatos.

Não faz sentido. Divulgar o site dos candidatos é um serviço informativo que deve ser feito. Os Sites Noticiosos devem informar aos eleitores, eles devem ter acesso a essa informação para conhecer melhor os candidatos e tomar a decisão mais acertada para o seu voto.

6. --- pág. 18 da PL: Art. 57-E: que trata dos cadastros de correio eletrônico. Proibindo a venda de cadastros e esclarecendo quem poderá doá-los.

A melhor maneira de se lidar com o cadastro de emails e garantir que não haverá SPAMs, é garantir que os emails sejam enviados somente à aqueles eleitores que tenham solicitado o envio do mesmo via mecanismo presente no site do próprio candidato. Valendo da competência de cada candidato aumentar a audiência do seu site e o devido cadastro de seus eleitores.
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No mais, comparado com as eleições de 2008 as modificações são muito boas, e já oferecem um avanço enorme tanto para os candidatos e sua equipe quanto para os eleitores. Já que quanto maior for a presença da Internet na política mais transparente, participativa e democrática ela será.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

e-Democracia, porque a Rede Social da Câmara não vai funcionar?

Hoje foi um belo dia para aqueles que acreditam na Internet como meio de fortalecer a democracia. A Câmara dos Deputados lançou a sua rede social com o intuito de estimular a participação popular: e-Democracia.



E digo que o dia foi bonito porque isso prova que a Casa tomou a iniciativa de fazê-lo, mostrou que acredita na Internet e reconhece os frutos que virão de tal projeto.

Porém, a parte otimista do post acaba por aqui. Já que é possível que na verdade os comandantes da Câmara não acreditem em nada, e esta seja simplesmente uma ideia que eles resolveram apostar como uma maneira de gerenciar a crise da falta de prestígio do Congresso.

Ao visitar a e-Democracia, já de início percebe-se que está ainda inacabada, em fase de testes. Basta tentar se cadastrar para ter a constatação:

- 2 emails de confirmação de cadastro, sendo um deles do Gmail (?!);
- Links que não funcionam -- problema também constatado pelo Blog do Tom;
- Email de "confirmação da confirmação" em Inglês: "Your http://www.edemocracia.camara.gov.br membership has been approved. Please return to http://www.edemocracia.camara.gov.br to log into http://www.edemocracia.camara.gov.br." (esse ao menos vem do email edemocracia@camara.gov.br);
- Front-end da rede em Inglês (você tem que mudar a Língua no seu perfil se quiser o Português);
- Foto do perfil do usuário é limitado a míseros 200Kb.

São detalhes como esse que provam que a plataforma não estava pronta para ser lançada e não passou por testes básicos antes de vir a público, o que é muito preocupante.

Dito isso, não creio que o cadastro como as áreas da rede com palavras em Inglês , seja o pior dos problemas, já que devem e podem ser consertados facilmente.

O que me preocupa é a lógica da rede participativa, já que a falta de conhecimento e experiência da equipe da Câmara na área de Governo 2.0, lhe fizeram criar fórmulas "nuncas antes vistas ou navegadas no mundo" para promover a participação.

A primeira lição que se aprende com os pioneiros em iniciativas participativas é que "não devemos reinventar a roda", isso quer dizer que se já existem soluções para determinados problemas. Porque reinventá-los? Ou seja, por que não adaptar uma das tantas iniciativas de sucesso dos EUA? Ô Temer, o sucesso seria garantido e com (um bem provável) investimento menor.

Mas ao invés de perguntar "porque não copiaram iniciativa tal ?", eu prefiro analisar mais a fundo e abordar a provável linha de pensamento dos Gurus em Internet na elaboração do projeto:

Problema observado por eles: "a Internet é um ambiente caótico, que não existe controle e supondo que teremos uma efetiva participação de centenas de milhares de pessoas, não poderemos acompanhar ou fiscalizar todas as opiniões do público".

Solução pensada por eles: "Fazemos então 2 grupos de discussão: um para o povão e outra para uma elite, que será limitada e organizada":


- o do povão: "Espaço Cidadão", para os não especialistas: que na prática deve servir só pra justificar que o site está aberto para todos -- que todos são bem-vindos. Mas na prática tem tudo pra virar apenas estatística, já que os temas serão debatidos "de verdade" pelos especialistas que comporão o outro grupo de discussão.

- o da elite: "Comunidade Virtual", para os especialistas, aqueles que compõe a cena política atual e de acordo com o tema de cada comunidade, colaboradores de empresas que tenham como especialidade a comunidade abordada.

A 1ª preocupação é a de como tais especialistas serão escolhidos? Baseados em que critérios? Quem fará a moderação? Já que na prática, essa sim será onde um debate construtivo será realizado.

A verdade é que este modelo não funciona. Discriminar a participação separando leigos de especialistas não garante um debate organizado. O que falta é a criação de formas de avaliação e criação de rankings e maior liberdade ao usuário por exemplo.

A e-Democracia não permite que o usuário inicie temas ou comunidades de discussão (até o momento, só podemos debater sobre o Meio Ambiente), isso quer dizer que ficará nas mãos de Michel Temer os temas que ele quer que debatamos e quem deve debatê-los! Sejamos sinceros, isso combina com Democracia? E vamos combinar, muito esperto começar com Meio Ambiente, não?! Já que que é um tema que ninguém é doido de contrariar. Fica claro cada pedacinho de tentativa de estratégia criada para o lançamento.

Como isso deveria ser feito?

São várias formas, exitem modelos muito mais amplos que teriam a capacidade de gerar uma real discussão de temas em todos os níveis e áreas do nosso país! Mas creio que este deve ser o tópico de outro post.

Partindo então da estrutura atual da e-Democracia, detalho exemplos do que falta à estrutura do projeto:

- Capacidade de procurar propostas de leis através dos temas, de autores, por importância (votada pelos usuários), por estados beneficiados, mais discutidas, mais vistas, mais bem avaliadas;
- Capacidade de voto positivo ou negativo em temas de dicussão e em cada comentário (assim como fazemos no YouTube);
- Ranking também de usuários: mais bem avaliados, mais ativos...

E claro, também estratégias de RP e nas outras redes e mídias sociais já presentes na web. Que a Câmara desconhece.

Especialistas podem entrar como convidados e terem suas propostas em destaque (com vídeos por exemplo), mas nunca em separado.

A rede deve disponibilizar métricas que sejam capazes de fazer o próprio usuário DEMOCRATICAMENTE expor suas idéias, abrir seus temas, contar as peculiaridades do seu município e então ter os seus pontos de vista apoiados ou não pela própria rede e não um funcionário da Câmara. (A Casa não vai querer seguir esse molde para depois ser comparada com censura de ditadura, ou vai?)

É preciso ser bastante cuidadoso com tudo isso.

Uma estrutura ideal de debate não se contrói da noite pro dia, você deve convidar os usuários, adaptando a cada realidade, para tê-los fazendo parte de todo o processo.

Me resta desejar boa sorte à equipe da e-Democracia na Câmara, para que consigam realizar as mudanças necessárias.

Postado também no Tática Política.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

V Seminário de Gerência Política GWU/GSPM: 27-31/07


The George Washington University (GWU)
tiene el agrado de presentarle el V Taller de Gerencia Política de Proyectos de Cambio “De la Agenda de Campaña al Cambio Exitoso”, en el cual analizaremos las herramientas estratégicas para avanzar proyectos de cambio desde el gobierno, una vez concluida la campaña electoral.

En este seminario aprenderemos herramientas prácticas para la política tanto en el momento de campaña como en el momento de gestión sobretodo cuando se quieren avanzar proyectos de cambio exitosos. Asímismo, escucharemos las experiencias exitosas de líderes que han implementado proyectos de cambio desde el gobierno.

Somos la Universidad más prestigiosa de toda USA para los profesionales de la política (the hottest university in the nation for “political junkies”, Revista Newsweek 2005), y “La élite en el aprendizaje de la estrategia política” (The West Point of the Political Wars, The New York Times).

Para el próximo Taller de Gerencia Política de Proyectos de Cambio (del 27 al 31 de julio de 2009) GSPM, ha unido esfuerzos con organizaciones de prestigio a nivel mundial y con consultores que están desarrollando novedosos proyectos sobre el uso de herramientas estratégicas para apoyar procesos de cambio.

Consultores y Temas

Anita Dunn, Actual Directora de Comunicaciones de la Casa Blanca y Socia de Squier Knapp Dunn Communications, quien fue una de las asesoras más cercanas al entonces candidato a la presidencia Barack Obama, presentará su experiencia en el tema de la organización de la agenda política y el cálculo estratégico.

Heather Smith, Directora Ejecutiva de la organización Rock The Vote, la cual se dedica a promover el voto joven en los Estados Unidos hablará de las herramientas, tácticas y estrategias para conectar políticamente con la juventud.

Ken Banks, Director de Frontline SMS abordará las herramientas estratégicas innovadoras que fueron utilizadas en la campaña de Barack Obama y ahora desde la presidencia para conectar con la base política a través de medios tecnológicos.

Tom Ritchey, Ex-Director de la Agencia Nacional de Investigación de Defensa de Suecia y Fundador de la Sociedad Morfológica de Suecia presentará las herramientas más funcionales e innovadoras para la construcción de escenarios políticos para una gestión de gobierno exitosa

Andoni Aldekoa, jefe de la alcaldía de Bilbao, España, abordará una metodología para relacionar las promesas de campaña con el proceso de formulación presupuestal, así como las herramientas para la modernización de las organizaciones políticas en su rol de gobierno o de oposición.

Juan Ignacio Marcos Lekuona, experimentado consultor político español, abordará los conceptos y herramientas más utilizadas en la transición del marketing político de campaña al gobierno eficaz.

Sabine Donner del Grupo BTI del prestigioso Bertelsmann Institute de Alemania presentará indicadores de los países con programas de cambio exitosos y las herramientas que mejor les permiten cumplir con las promesas realizadas durante la campaña. Asimismo, Leonard Novy abordará cómo aplicar estos indicadores para implementar las condiciones favorables para una gestión de gobierno exitosa.

Christopher Soderquist, Director de Pontifex Consulting, empresa dedicada a la consultoría especializada en Pensamiento sistémico, y John Newman del Banco Mundial abordará el concepto de estrategias dinámicas y su aplicación en el avance de proyectos de cambio gubernamentales.

Rafael Reyes, quien ha asesorado a múltiples instituciones gubernamentales en México y Reino Unido, hablará de las estrategias más innovadoras para implementar proyectos de cambio a través del marketing político gubernamental.

Roberto Izurieta, Director de proyectos para Latinoamérica de la Facultad, presentará las herramientas más eficaces para tener una comunicación efectiva desde el gobierno.

Luis Raul Matos, director del área de Gobernabilidad y Gerencia Política de la Facultad presentará un Tablero Estratégico que contiene tanto la Sala de Guerra como un Balance Score Card de la Gerencia Política, de fácil acceso para cualquier organización que quiera que sus ataques y contraataques estén en armonía con la estrategia y mejor coordinados aun cuando se opere a distancia.

Larry Parnell, consultor y profesor con más de 30 años en el mundo de las Relaciones Públicas, moderará a un panel de especialistas que evaluarán la gestión gubernamental de los primeros 100 días de la Administración Obama.
Henrique Capriles, Gobernador del estado de Miranda en Venezuela compartirá sus experiencias en el mandato político y la implementación de proyectos de cambio desde el gobierno.

Jose Fogaça, Alcalde de Porto Alegre, Brasil comentará cuáles han sido las estrategias que se ha utilizado en este relevante caso de gerencia política de procesos de cambio.

Clínicas de Asesoría de Proyectos

Asimismo, hemos querido convertirlos a Ustedes en actores para que saquen el mayor provecho de su estadía en Washington. Para ello, implementaremos clínicas donde asesores revisarán sus planes de proyectos desde la perspectiva política y le formularán observaciones.

Este servicio no tendrá costo alguno para los participantes. Sin embargo, es necesario que se envíe el borrador del proyecto a revisar a más tardar el día 15 de julio para poder asignarlo al consultor adecuado y programar una cita con el mismo.

Sugerencias de Hospedaje

The Virginian Suites
www.virginiansuites.com
Tel.: 1 (866) 371 1446
1500 Arlington Bldv
Arlington, VA 22209
Precio: USD 129.00 + Impuesto por habitación (hasta dos personas) por noche.
Reservas: Comunicarse con el departamento de reservas al email reservations@virginiansuites.com
Nota: Para obtener este precio especial, haga mención al grupo GSPM.
Precio promocional sujeto a cambios sin previo aviso.

Hotel Lombardy
www.hotellombardy.com
Tel.: 1 (202) 587 2175
2019 Pennsylvania Ave, NW
Washington, DC 20006
Precio: USD 169.00 + Impuesto por habitación Standar por noche.
USD 189.00 + Impuesto por habitación Doble (más amplia) por noche.
Reservas: Comunicarse con Dana B. Ayers al email dayers@rbpropertiesinc.com
Nota: Para obtener este precio especial, haga mención al grupo GSPM.
Precio promocional válido hasta 2 de julio de 2009.

Washington Suites Georgetown
www.washingtonsuitesgeorgetown.com
Tel.: 1 (202) 333 8060
2500 Pennsylvania Ave.
Washington, DC 20037
Precio: USD 149.00 + Impuesto por habitación Standar por noche.
USD 169.00 + Impuesto por habitación DeLuxe (más amplia) por noche.
Reservas: Comunicarse con Laura Barber al email laura.barber@wsgdc.com
Nota: Para obtener este precio especial, haga mención al grupo GSPM.
Precio promocional válido hasta 11 de julio de 2009.

Certificado

El certificado de asistencia que se otorgará a los participantes, consta con el respaldo académico de The George Washington University, The Graduate School of Political Management.

Idioma

El Seminario se dictará en español. Las exposiciones en inglés contarán con traducción simultánea al español.

Lugar del Evento

Auditorio Jack Morton de la Escuela de postgrado de “The Graduate School of Political Management” (GSPM), en el campus principal de la Universidad “The George Washington University” (GWU), en Washington DC.

Contacto

Israel Navarro
Coordinador del Evento
805 21st Street, NW, Suite 401
Washington DC, 20052

Tel: 1 (202) 994 4020
Fax: 1 (202) 994 6006
E-mail: inavarro@gwu.edu
Página web: www.gspm.org

Lo invitamos a que se una y participe en nuestra red social en linea.

Inscripción y Formas de Pago (cupos limitados)

Las inscripciones se pueden realizar vía telefónica, por fax o por correo electrónico. Para obetener la ficha de inscripción haga un click AQUI.

Inversión:

USD$1,780 Si la inscripción se realiza hasta del 6 de julio de 2009
USD$1,880 Si la inscripción se realiza a partir del 7 de julio de 2009
Las inscripciones estarán abiertas hasta el 20 de julio de 2009.

Hay descuentos especiales para grupos de cuatro personas, así como becas parciales a personas que por su currículo y necesidad las necesiten.

El valor del Seminario incluye el material de apoyo, los refrigerios y almuerzos durante el Evento.

El pago se puede realizar a través de tarjetas de crédito, o mediante transferencia de dinero.

GSPM - The Graduate School of Political Management

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Protógenes e/ou De Sanctis para Presidente? Faça a sua escolha e comece o movimento

A alguns posts atrás, comentei sobre quem seria capaz de derrubar as duas máquinas políticas de 2010: Serra e Dilma.

A tal ponto minha resposta foi: "Não sei, mas adoraria conhecê-lo(a)."

Serra é reconhecido pela sua capacidade administrativa e tem na mão o estado mais importante do país. Além de claro, graças a seu trabalho como ministro, governador e a visibilidade em eleições passadas, tem aí os seus 99,99% de "reconhecimento de marca".

Dilma por sua vez, ainda é difícil botar fé na sua capacidade eleitoral. Até porque se esse fosse um de seus dons, ela já teria se candidatato a muito tempo, e não ter ficado em "postos administrativos" durante sua carreira política. Por sua vez, ela também é considerada uma "bela" gestora (não que as plásticas tenham melhorado seus índices na pesquisa). E ainda não se sabe se o seu passado a mão armada irá lhe ajudar ou prejudicar nas urnas.

De olho na briga, existem mais dois outros grandes nomes nacionais - Aécio e Ciro. Mas, vamos lá -- Serra não vai deixar o Aécio levar essa dele por nada! Aécio terá seu tempo. Já o Ciro, não tem cacife para conseguir apoio suficiente para uma corrida nacional (boa parte pelo simples fato de não ser do PSDB, PT ou PMDB).

Por enquanto parecemos estar fadados ao status quo do PSDB X PT com o PMDB no oba-oba...

Até que ponto é democrático, depois das suadas "Diretas Já", podermos escolher nosso presidente entre apenas dois figurões políticos já pré-estabelecidos? Que manterão os seus cinturões de cargos ao cumprir suas promessas com suas elites de apoio.

Aqui porém, é o ponto que quero chegar:

Podemos mudar esta história?

Podemos ter o nosso "próprio Obama"?

Poderemos ter um presidente que não seja intrinsicamente ligado à estrutura burocrática, corrupta e ineficaz do nosso governo de hoje?

A resposta é: Sim*

O asterísco ali, é aquele do "porém". E ele representa a Internet. Se ela estiver livre para ser utilizada como meio de comunicação pelas campanhas e pelos seus apoiadores -- ou seja, muito diferente da experiência vivida nas eleições de 2008 no Brasil. Quando, salve alguns mínimos acordos estaduais, qualquer participação política ou apologia a determinado candidato foi proibida na Internet, tendo como espaço único para tal, o website de campanha do candidato. Que ainda teve de ser deletado antes do dia da eleição, ou seja, hoje não podemos nem voltar à página do candidato eleito para conferir se suas promessas de campanha estão sendo cumpridas.

Se perde transparência e participação -- vence a velha política e suas arte-manhas, onde quanto menor o povo se importar por política: melhor.

E é exatamente por isso que a Internet tem sido tão estudada, e o governo tem sido tão cauteloso em relação a sua liberação ou não. Ou você acha que os "figurões" querem perder espaço para "aventureiros" apoiados e financiados pelo cidadão comum através das novas ferramentas da web?

Sim, e o que Protógenes e De Sanctis tem a haver com toda essa história?

Por que eles não podem ser os tais "aventureiros"?

Acusações e criminalizações de seus nomes a parte, eles já são heróis para grandes audiências, e já possuem forte apoio na Internet, seja através de blogs dedicados, na blogosfera em geral, e/ou em comunidades no Orkut -- além de incontáveis mensões no Twitter.

Em blogs dedicados foram encontrados: 1 exclusivo para o delegado Protógenes: Blog do Protógenes e outro em apoio aos dois: São Paulo apóia Protógenes e De Sanctis

Além de uma comunidade Ning de discussão com o respeitável número de 2,219 membros: Protógenes Contra a Corrupção

No Orkut:

São 33 comunidades dedicadas ao Delegado Protógenes Queiroz - todas a seu favor e com nomes como:

Protógenes Queiroz é o cara
;
Protógenes Queiroz Presidente!;
Protógenes,um herói BRASILEIRO.

Para o Juiz Fausto De Santics são 14, também todas em seu favor, como:

Juiz Fausto De Sanctis
-- com 1,140 participantes, ou até comunidades que o admiram além do seu trabalho como Juiz: Fausto Sanctis tudo de bom...

E para registro:

No Orkut, a situação dos outros 4 presidenciáveis é esta:

"José Serra" com 117 comunidades: 33 a favor / 42 contra / e 42 de comédia;
"Dilma Roussef(f)" com 72 comunidades: 50 a favor / 19 contra / e 3 de comédia;
"Aécio Neves" com 100 comunidades dedicadas: 69 a favor / 20 contra / 11 de comédia;
"Ciro Gomes" com 34 comunidades: 31 a favor / e 3 contra.

Ou seja, ao menos no mundo virtual, personagens que tenham uma visibilidade considerável, e tenham admiração popular, poderiam mais facilmente concorrer a cargos importantes no Brasil. Sem depender de negociatas políticas e de picuinhas partidárias.

Lógico que seria necessário a adesão dos mesmos em um partido -- mas se já for um nome forte, liderado por apoio popular, e que realmente esteja preparado para tal, teríamos ao menos a chance de votar em um candidato passível de se eleger que não fosse José Serra ou Dilma Rouseff.